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07 setembro, 2006



Dia da independência, feriado não comemorativo.

Na verdade, como seriam todos os feriados, a data é separada para a reflexão. Apesar do óbvio, fico fora da questão sobre a independência do Brasil, mas notei uma revista da Veja (5/7/2006) com uma entrevista exemplar de uma expoente professora de filosofia de SP, que, segundo o entrevistador (e vim a confirmar), "nada contra a corrente, e há 40 anos ainda cultiva o destemor ao refletir sobre o oportunismo na vida política – tanto dos partidos, quanto dos intelectuais, em especial os de esquerda, publicamente, e permanecendo na cátedra da USP, quando outros optavam pelo exílio". Repasso as páginas da entrevista, e um início interessante abaixo.

"Não há nada mais flexível do que a espinha de um político brasileiro"
Maria Sylvia de Carvalho Franco
"
Marcelo Carneiro (entrevistador) - Apesar de todas as denúncias contra seu governo, (..) o presidente Lula continua com alta popularidade. Como explicar esse fenômeno?
Maria Sylvia de Carvalho Franco - Primeiro, isso se deu graças a uma política populista desenfreada e ao uso desmedido do dinheiro público e da estrutura governamental para propagandear essa política. (..) Lula é um fenômeno que guarda suas peculiaridades. (..) Diz-se que, desde o período sindical, Lula fazia alianças com a burguesia. Era agressivo no palanque e concilidador na mesa de negociação com os empresários. Hoje seria impossível distinguir Lula em uma reunião de empresários - a não ser pelo fato de que ele talvez estaria mais bem vestido. Aquele alfaiate dele é muito bom, só não conseguiu mudar tudo, como se vê pelas gafes e pelos erros de português que comete.
Entr. - Mas os discursos o ajudam a tornar-se mais popular.
Maria Sylvia - Não sei se o ajudam, mas o fato é que isso não deveria ocorrer. Lula teve 30 anos para se cultivar. Ou ele não fez isso porque é muito preguiçoso ou porque explora essa falta de cultura como mais uma faceta da sua atitude esperta diante do mundo. Ou é preguiça ou é canalhice. Na verdade, o bom português é o mínimo que se exigiria de um presidente da República.
Entr. - A história da democracia no Brasil tem episódios de avanços e retrocessos. Qual a explicação para o ressurgimento de um fenômeno populista como o lulismo neste momento?
Maria Sylvia - O problema está na forma como o poder republicano se institucionalizou no Brasil. A lógica da Presidência é imperial, de concentração de poderes. Mas há também os defensores dos interesses regionais, que têm sua sede no Parlamento. A função deles é garantir uma parte dos recursos que são sugados para os cofres do governo federal. Nessa queda-de-braço, o presidente dificilmente contará com um bloco muito fiel entre os deputados e senadores. Em decorrência disso, passa a exercer pressão sobre o Congresso de duas maneiras: fazendo a interlocução direta com as massas, e virando o pai dos pobres, ou desviando dinheiro público para encher o bolso dos parlamentares aliados e, assim, garantir apoio. É Bolsa Família e mensalão.
Entr. - Em que medida a tibieza da oposição ajudou o presidente Lula a passar ao largo das denúncias e dar continuidade a esse projeto?
Maria Sylvia - A blindagem de Lula vem, em certa medida, dos interesses políticos envolvidos. Por que o PSDB se cala diante das denúncias? (..) A mesma coisa acontece com as CPIs. A CPI dos Correios criou várias oportunidades para que se pedisse o impeachment de Lula – por exemplo, quando foram descobertos pagamentos de campanhas eleitorais em contas no exterior. Isso não aconteceu porque os tucanos têm telhado de vidro - um pouco mais sólido, é verdade. Se nada de significativo apareceu contra os tucanos, até agora, foi apenas porque eles têm mais experiência no poder, não são afoitos como esse pessoal do PT. (..)
Entr. - Na sua opinião, quais a chances de o candidato tucano, Geraldo Alckmin, vencer a eleição? Como assim?
Maria Sylvia - Aécio (Neves, governador de Minas Gerais) e Tasso (Jereissati, presidente do PSDB) escolheram alguém para ser queimado. O projeto do PSDB é para 2010. As chances de Alckmin são muito pequenas porque, inclusive, o tucanato não vai se empenhar. Diz-se que Lula não tem herdeiros, daí o "Lulécio", o Lula com Aécio. Acho que haverá um ajuntamento entre Lula e esses dirigentes mais novos, como Aécio. O único problema é o PMDB, um partido muito forte e oligárquico. O Brasil é assim: de um lado, a força do governo federal; de outro, o poder das oligarquias regionais. E quem congrega essas oligarquias é o PMDB.

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Rad... @ 16:57

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