29 agosto, 2006
Leopoldina, 16h.Trânsito costumeiro, barulho urbano, cheiro urbano de poluição. O canal que acentua esse cheiro, o rio que adoeceu e não vê remédio. Cena cinza, nublada, esverdeada... E então flores vermelhas. Perfumadas também, por que não? Aos poucos, como uma catapora dos arbustos ao longo do canal, corajosas e vivas, dominam e sobrepujam a pobreza desse local. Pequeninas vitórias da natureza bela.Praça quase vazia, noite. As pessoas vão para suas casas, faz frio. O espaço vai sendo abandonado, só que pessoas abandonadas não o deixam vazio. Continua parecendo abandono, elas não compram, não trazem coisas. Mas a praça mantém sua utilidade. E uma escada com laterais lisas parece feliz no cenário abstrato; ainda mantém uma criança contente. O menino sorri que tenta escorregar pelas laterais, e alguém quer alcançá-lo com um abraço. Corre por uma mureta larga. Tem alguém para quem voltar, na praça abandonada. E sorri.Nunca esquecer de um sorriso de criança no escuro...
Rad... @ 10:52
Comments aqui